Quem é Joseph Ratzinger - o Papa Benemérito Bento XVI (Breve histórico) * Por Marina Morena Tiago.

Joseph Ratzinger nasceu no dia 16 de abril de 1927 em Marktl am Inn, uma pequena vila na Baviera, às margens do rio Inn, na Alemanha, filho de Joseph, um comissário de polícia (Gendarmeriekommissar) do Reich, um oficial da polícia rural oriundo da Baixa Baviera e adepto de uma corrente bávaro-austríaca de orientação católica. Seu pai, era de religiosidade profunda e um decidido adversário do regime nacional-socialista, as suas ideias políticas firmes chegaram a trazer sérios perigos para a própria família.
A mãe de Joseph Ratzinger, sra. Maria Ratzinger, era de procedência tirolesa e, portanto, austríaca. Conhecida por ser boa cozinheira, trabalhou em pequenos hoteis; faleceu em 1963.
Em Aschau começam os primeiros vislumbres da vocação sacerdotal, o jovem Ratzinger se deixa tocar pelos atos litúrgicos do povoado os quais frequenta com piedade, entrementes o avanço do novo sistema político e, com ele, a oposição da Igreja. 
Com o irmão, Georg Ratzinger, Joseph entrou num seminário católico. Em 29 de Junho de 1951, foram ambos ordenados sacerdotes pelo Cardeal Faulhaber, Arcebispo de Munique.
A partir de 1952 iniciou a sua atividade de professor na Escola Superior de Filosofia e Teologia de Freising lecionando teologia dogmática e fundamental. Em 1953, obteve o doutoramento em teologia com a tese "Povo e Casa de Deus na doutrina da Igreja de Santo Agostinho". 
Ratzinger foi nomeado Arcebispo de Munique e Freising em 25 de março de 1977, pelo Papa Paulo VI, e elevado a Cardeal no consistório de 27 de junho de 1977 com o título presbiteral de "Santa Maria Consoladora em Tiburtino".
Em 1981, foi apontado como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé pelo Papa João Paulo II, cargo que manteve até ao falecimento do seu predecessor. Foi designado cardeal-bispo da Sé Episcopal de Velletri-Segni em 1993, e tornou-se Decano do Colégio dos Cardeais em 2002, tornando-se o bispo titular de Ostia. Participou do Conclave de agosto de 1978 que elegeu o Papa João Paulo I e do conclave de outubro deste mesmo ano que resultou na eleição de João Paulo II.
Era um velho amigo de João Paulo II, compartilhava das posições ortodoxas do Papa e foi um dos mais influentes integrantes da Cúria Romana. A sua posição como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, cargo que exerceu durante vinte e três anos, o colocava como um dos mais importantes defensores da ortodoxia católica. O ex-frade Leonardo Boff, brasileiro, um dos expoentes da Teologia da Libertação, teve voto de silêncio imposto por Ratzinger em 1985 devido às suas posições políticas marxistas.
Em sua última benção dominical antes de deixar o comando da Igreja Católica, o papa Bento XVI disse que Deus o chamou para “subir a montanha”. 
“O Senhor me chama a subir a montanha para me dedicar mais ainda à oração e à meditação. Mas isso não significa abandonar a igreja, ao contrário. Se Deus me pede isso é justamente para que eu continue servindo à igreja na mesma direção, com o mesmo amor, mas de um modo mais adequado à minha idade e minha saúde”, disse. 
Com a afirmação de que o motivo real de seu pedido de renuncia do cargo de Papa foi segundo ele no anúncio da decisão, a sua condição frágil devido a idade e agora dizendo atender um pedido de Deus para que ele se retirasse do papado, deixa o entender que os escândalos envolvendo a Igreja e noticiado nos últimos tempos vai ficar a cargo do novo Papa a responsabilidade de administrar esta situação. 
Milhares de pessoas se concentraram na praça de São Pedro para acompanhar a benção do papa. Bento XVI deixou o comando da igreja no dia 28, numa decisão que surpreendeu o mundo. Ele é o primeiro papa a renunciar em quase 600 anos. 
Cardeais do mundo inteiro já chegaram em Roma para o conclave que irá escolher o próximo papa nos próximos dias.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Bento_XVI 





* Marina Morena Tiago é colunista semanal do Blog do Sr. Gentileza - diretamente de São Gonçalo/RJ.

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