Eu sou meu chefe: quem disse que é fácil?

Muitas vezes sem formação específica em Administração, profissionais liberais precisam exercer suas profissões e, ao mesmo tempo, administrar seus negócios

 Por Simão Mairins, www.administradores.com.br
 
A cultura do empreendedorismo tem ganhado cada vez mais força no Brasil, com o desenvolvimento da economia, a expansão das políticas de apoio e a diversificação dos modelos de tributação. Para se ter uma ideia, o país – que possui a maior taxa empreendedora do G20 e do Bric, segundo o GEM (Global Entrepreneurship Monitor) – conta atualmente com mais de 6 milhões de micro e pequenas empresas e quase 2 milhões de empreendedores individuais formalizados, de acordo com dados dos ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

Nessa massa, há um grupo normalmente pouco lembrado nas discussões sobre o assunto. É o que inclui aqueles que, para exercer suas carreiras, precisam se dividir entre uma profissão principal e a atividade administrativa, como advogados (na administração de seus escritórios), médicos (nos seus consultórios) e tantos outros profissionais liberais.

Mas, será que, com todas as responsabilidades de uma profissão específica, há tempo para conciliá-la bem com a administração de um negócio? "Eu defendo que não se deve conciliar no sentido de "combinar', mas sim de 'harmonizar'. A atividade administrativa faz parte da profissão dessas pessoas", afirma Fábio Zugman, autor dos livros "Empreendedores esquecidos" e "Administração para profissionais liberais".


"Como os profissionais liberais colocam uma grande ênfase em suas habilidades, muitas vezes veem as tarefas administrativas como 'a parte chata' que os impede de exercer sua tarefa principal. Isso é um erro. Eu costumo dizer para essas pessoas que elas devem enxergar a tarefa administrativa como uma higiene que fazem em suas profissões – algo que as permite trabalhar melhor", explica Zugman.

Continua em:

Comentários