Sr. Gentileza plantando uma muda de árvore em nome de uma empresa contratante. |
Todas
as empresas têm a obrigação de oferecer um ambiente de trabalho saudável a
todos os seus colaboradores com infraestrutura de trabalho satisfatória,
ambientes físicos limpos, manutenção das dependências sempre em dia e,
principalmente, a garantia de bom relacionamento interpessoal entre todos da
equipe (nesse caso os líderes devem estar aptos a controlar as relações e
possíveis problemas), harmonia entre os setores, boa comunicação e qualidade de
vida dentro e fora da empresa.
A
maioria das corporações possui missão e valores disponíveis e acessíveis aos
seus colaboradores, seja em seu site, em cartazes fixados nos murais ou em
cartilhas explicativas. Porém, mais do que disponibilizar essas informações, as
empresas (vide Recursos Humanos) devem facilitar o entendimento desses
conceitos, pois são eles que mantêm vivos a essência da corporação e o
engajamento individual de seus profissionais.
Alguns
valores são comuns entre as empresas. Por exemplo, a ética, atitude,
comprometimento, engajamento, responsabilidade, entre outros. O que mais me
impressiona é que, mesmo indispensáveis, muitas (empresas) ainda ignoram a
necessidade da preocupação com a sociedade e a preservação do meio ambiente.
Mas,
quem deveria dar o primeiro passo ao “fazer o bem” dentro do ambiente
profissional, as lideranças ou os liderados? Na verdade, qualquer um pode
iniciar uma campanha que envolva o engajamento com causas ambientais. Isso é iniciativa e pró-atividade! É
importante dizer que a educação ambiental começa dentro de casa quando
ensinamos nossos filhos a não jogar lixo pelas ruas, não sujar áreas de
preservação ambiental, reaproveitar insumos ou materiais para reciclagem, não
desperdiçar água ou energia elétrica, enfim, atos simples e que podem/devem ser
migrados quando somos contratados.
Os
líderes devem estar aptos a conscientizar suas equipes a colaborar com os
programas e projetos adotados na empresa visando a preservação dos recursos
naturais. Isso é uma questão de capacitação/informação e bons treinamentos
colaboram para esse “despertar” individual que pode se espalhar pelos
corredores. É fácil, quando uma pessoa se envolve de corpo e alma, acaba
“contaminando” os outros colegas. Portanto, não é tempo de desperdiçar energia
nas empresas. Todos são agentes
potenciais de transformação!
Os
líderes são sujeitos especiais e capazes de conciliar paixão pelo que fazem com
a habilidade de transmitir isso a outras pessoas, como seus valores, solidez
espiritual e de que também são suscetíveis ao erro. Detém profunda compreensão
humana, coerência e, de acordo com Luiz Ernesto Gemignani (Diretor Presidente
da Promon por nove anos) – “reconhece as
dinâmicas da organização como sistema vivo, e deve atuar para torná-las
saudáveis”.
Costumo
dizer em palestras e treinamentos que não existe empresa rica em comunidade
pobre. Essa afirmação está baseada nos princípios de uma gestão realmente
“Gentil” e transformadora. Seria uma idiossincrasia e antagonismo grandes
considerar os resultados como satisfatórios se em minha volta existem a
pobreza, desigualdade social, desemprego e falta de infraestrutura básica.
Nossas empresas têm sim o dever de considerar seu entorno e se responsabilizar
por isso. Não ouso em dizer que a empresa “x” é a única responsável por
exterminar toda a miséria ao redor, mas exerce papel fundamental sobre isso.
Buscamos
transmitir essa mensagem em nossos programas de treinamentos e palestras para
as empresas que desejam capacitar e informar seus colaboradores. Uma de nossas
ações foi trocar as apostilas impressas por CD´s, já que a quantidade de papel
utilizada nos encontros era muito grande. Em 2011, 6.000 pessoas em todo o
Brasil participaram do treinamento “Gentileza Estratégica nas Empresas”,
recebendo cada um o material didático com 20 páginas de folha sulfite. Em 2012,
com a adoção da sustentabilidade, deixamos de “jogar” na natureza mais de
120.000 impressões que seriam, sem dúvida, descartadas logo após o evento
(aproximadamente 600 kg – quase 1 tonelada).
A
responsabilidade social e comunitária engloba ações simples do dia a dia que
todos podem contribuir. Por exemplo, contratar mão de obra local, desenvolver
programas de interação empresa X comunidade, investir em organizações locais
filantrópicas ou do terceiro setor ou, simplesmente – acreditar na
solidariedade.
Os
pilares de uma empresa gentil são – responsabilidade social, preocupação com o
meio ambiente natural, qualidade de vida dos colaboradores e gestão
estratégica. Ou seja, abraçar todos os valores que uma corporação busca para
atingir a sua saúde financeira e social. Preocupar-se com o capital humano
interno e externo é garantia de sucesso; sucesso duradouro e não passageiro,
como a vida.
Sr. Gentileza
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