Artigo do Sr. Gentileza: COPA COM GENTILEZA É VITÓRIA CERTA!

Nada mais brasileiro do que o calor humano e a vontade de comemorar e festejar, ainda mais se tratando de jogo de futebol. Quando é época de Copa do Mundo então, nem se fala. A regra é assistir os jogos ...do Brasil em ritmo de festa, regados a um bom churrasco, cerveja e carnaval. Se não for assim, não tem graça. O divertido é reunir os amigos, parentes e até colegas de trabalho. Nessas horas esquecemos das desavenças e o que queremos, de verdade, é formar uma “corrente” e torcer para o nosso time ser campeão.
Esse espírito festivo invade praticamente todos os lares e não há quem não pare para assistir as partidas. São tão esperadas como a ‘meia noite’ do réveillon. Isso é bem nosso, é brazuca, é samba, é festa junina. Vamos ganhar!
O esporte exerce uma função saudável no relacionamento humano: desenvolve o trabalho em equipe, estimula a competição saudável, socializa e beneficia o relacionamento humano, muitas vezes desgastado pelo convívio e por fatores como pressão, problemas e falta de tempo. Mesmo fora dos campos, é uma chance que temos de estreitar a amizade com colegas da empresa, com primos distantes e fazer novos amigos. Quem resiste aquele abraço amistoso quando o Brasil faz um gol? Se for na final então, o mesmo abraço se transforma em dois, três e até em lágrimas. E vale com quem estiver ao alcance dos braços, sem distinção de afeto ou simpatia. Isso é o futebol!
Podemos aproveitar os jogos do mundial para receber pessoas em casa, por exemplo. Além de ser um bom motivo para confraternizar, é uma chance de mostrar o que temos de bom para oferecer e praticar a gentileza (sim, mesmo nessas ocasiões). Podemos decorar a casa com as cores da bandeira brasileira, usar nosso uniforme verde-amarelo e arrumar tudinho para recepcionar os convidados. Geralmente convidamos pessoas já conhecidas, mas existem aqueles que levam um “agregado” ou amigo que estava sem lugar para assistir os jogos. Como a intenção é vibrar e reunir pessoas, não há mal algum se uma pessoa que não estava na lista aparecer. Como um bom brasileiro, basta colocar a água no feijão, ora bolas.
Não é necessário apresentar a casa aos amigos, nem aos amigos dos amigos. Basta deixá-los à vontade e dizer que “a casa é sua”. Duvido que qualquer um não descubra o caminho até a geladeira com as bebidas ou churrasqueira. Nessas horas o instinto é o guia, sem falar que sempre tem alguém que dá a dica.
É muito gentil se preocupar com a limpeza do (s) banheiro (s), se há lugares para todos se sentarem, com a quantidade de copos, pratos, talheres e de comida (se for estilo americano onde cada um leva um prato, não deixe de fazer um cálculo com todos que confirmaram). Outros itens importantes são: gelo, carvão e silêncio durante os 90 minutos de jogo. É terminantemente proibido pedir um favor a quem quer que seja que obrigue essa pessoa a sair da frente da televisão. Vamos combinar, né?
As pessoas também podem combinar como serão os “comes e bebes” do encontro. É uma boa estratégia para não sobrecarregar ninguém com as despesas, já que espera-se que o Brasil esteja em todas as fases do campeonato. Ao todo serão sete partidas (incluindo a final, por favor!) com direito a mais um dia de folga se levarmos o hexa (essa rodada é por minha conta).
Caso o petit comite seja um convite com tudo incluído, é elegante perguntar se pode colaborar com alguma coisa. Caso não precise levar nada, faça uma singela surpresa aos anfitriões com fitas para a cabeça, bandanas ou qualquer coisa com as cores do nosso país.
Dispense, nesses casos, as cornetas, rojões, confetes ou itens que possam sujar a casa e deem trabalho para limpar depois. Geralmente ninguém fica para ajudar a passar uma vassoura e pano úmido, sobrando essas tarefas para quem recebeu. Pense adiante e queira ser lembrado como um bom torcedor e não como um “mala sem alça”.
É durante o intervalo dos jogos que as pessoas aproveitam para ir ao banheiro e comer alguma coisa, sem falar nos comentários a respeito do primeiro tempo. É nesse instante que fazemos as apostas para os próximos 45 minutos, quanto será o resultado final ou se o time adversário tem ou não chances. Como a Copa será no Brasil, será uma chance de apreciarmos as cidades-sede, suas paisagens (sempre exibidas na tv) e a infraestrutura que foi oferecida.
É importante ter um esquema pronto para os minutos de intervalo. Pode-se aproveitar para recolher o lixo, latinhas de cerveja e refrigerante vazias e colocar mais carvão na churrasqueira.
Lembre-se de que a festa continuará após o jogo se o Brasil for campeão e deve se arrastar noite adentro. No dia seguinte todos irão trabalhar, inclusive os donos da casa, por isso é legal já ter uma diarista garantida para limpar tudo depois.
O que não vale no futebol (como em qualquer outro esporte) é brigar e discutir por distinções de times. Isso não combina com o espírito esportivo e acaba com a festa de qualquer um, além de não ser nada gentil. Os socos e pontapés são tão comuns hoje em dia, que as vezes penso se tratar de lutas do UFC coletivas e com tempo marcado.
Mas, como em tempos de Copa do Mundo a regra é união e celebração, nem pensar nisso. Mesmo porque é um campeonato onde todos os 200 milhões de brasileiros torcem pelo mesmo time e confraternizam quase que fraternalmente.
Se por acaso surgir algum engraçadinho querendo estragar a festa, devemos aplicar as mesmas regras do futebol. Aos anfitriões em campo, apresentem o cartão amarelo e advirtam quem fez a falta. Se for reincidente, não tenha medo de ser xingado pela arquibancada e puxe o cartão vermelho de dentro do bolso e mande o chato para o vestiário. Dependendo da infração, suspenda sua atuação no próximo jogo e escale um novo integrante para o time, simples assim.
Mas, otimismo, pois é natural que tudo corra bem. Tudo o que queremos é comemorar a vitória, mesmo que da nossa maneira. Pode ser em casa, na rua, num bar ou no trabalho, pois tudo valerá a pena para assistir o Brasil na final no Maracanã contra a Argentina (e vencendo, claro).

Sr. Gentileza
fb.com/sr.gentileza

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