Artigo: A prática do "quem indica" nas empresas | Sr. Gentileza.

A prática do “QI” pode ser saudável e, muitas vezes, imprescindível, principalmente quando conhecemos pessoas da nossa área e mantemos em nosso relacionamento profissionais que desempenhem atividades parecidas com a nossa.
Muitas empresas precisam de indicações diretas por não conseguirem – no mercado – “garimpar” currículos que se encaixem ao perfil da vaga a ser preenchida ou por não existirem tantos especialistas disponíveis.
Assim, o “QI” será muito bem vindo quando não confundirmos interesses pessoais (como querer indicar a esposa ou o namorado por causa dos benefícios e não por causa da competência) com as necessidades da empresa.
Considero correto sim, nesse caso, se as indicações forem feitas de forma imparcial, privilegiando o processo de seleção e suas etapas, de forma que vença o melhor.
Até pouco tempo atrás ouvíamos as pessoas dizerem: “Me diga com quem andas, que te direi quem és”. Hoje, sem dúvida, ajustamos esse ditado popular para: “Me diga como é seu networking, que te direi quem és”.
Criar relacionamentos hoje em dia é fundamental, pois a qualidade da sua rede de contatos pode abrir portas e facilitar a conquista de espaço no mercado de trabalho.
Não acredito que, aqueles que têm uma boa experiência profissional perderão chances boas se não tiverem uma vasta rede de contatos, mas precisam expandir suas relações para poder mapear oportunidades que, por tendência, surgem no “boca-a-boca” ou por indicação direta. Sua experiência profissional e formação são importantes sim e não foram substituídas pela simples indicação de amigos ou de contatos nas redes sociais. Uma não extingue a outra, mas se somam e – em conjunto – são o diferencial na hora de aproveitar uma oportunidade.
Mesmo assim, algumas empresas adotam em sua política de contratação, a candidatura de pessoas de fora, de forma que possam lidar com um número maior de pessoas num processo de seleção e tenham um universo maior de perfis diferentes. A escolha não será, necessariamente, por aquele candidato que foi indicado por alguém de dentro da empresa. O contrário também acontece: quando as empresas aceitam candidaturas internas em primeiro lugar. Caso a vaga não seja preenchida, divulgam nas redes sociais ou no próprio site.
Como disse, manter bons relacionamentos nos dias de hoje é fundamental por uma série de motivos: aumentar as possibilidades de uma oportunidade profissional, aprender coisas novas com pessoas diferentes, estar atualizado sobre as novidades do mercado, etc.
Ter uma rede de contatos ampla e proveitosa não é difícil, mas pode dar um pouco de trabalho no início. O importante é começar. As redes sociais são boas ferramentas para isso, em especial o LinkedIn, pois todos se conectam através de conexões com interesses exclusivamente em negócios, vagas, recursos humanos ou simplesmente em networking inteligente.
Quero deixar claro que as redes sociais não substituem o talento profissional e experiência, mas são boas aliadas. Também não excluem o contato pessoal, ou seja, aquele que é feito diretamente com os colegas de trabalho ou outras pessoas.
Participar de eventos ou treinamentos também ajuda na hora de ampliar a rede de relacionamentos, além de “arejar” o cérebro e desenvolver novas ideias.
As pessoas precisam tomar cuidado na hora de indicar alguém para uma vaga. Fazer indicações de pessoas pode sim comprometer a imagem dentro da empresa, principalmente se você recomendar muito as competências técnicas ou qualidades pessoais do indicado. Alguns valores devem ser avaliados antes disso como a disciplina, comprometimento, dedicação e respeito.
Se a indicação já foi feita e você se arrependeu por causa do comportamento dessa pessoa na empresa, converse e esclareça as coisas. Diga que você não está gostando das suas atitudes ou rendimento e que sua imagem pode ser abalada com isso. Se for o caso, converse com o gestor de Recursos Humanos e desfaça qualquer mal-entendido.
O ideal é que o seu próprio rendimento não seja abalado ou comprometido. Continue fazendo o seu de forma bem profissional e da próxima vez pense antes de fazer uma indicação.

Ainda existem muitas empresas que contratam profissionais através de abertura de vaga no site, nos classificados ou redes sociais. O que não podemos descartar é a importância de uma boa rede de contatos, principalmente se você pretende mudar de carreira ou de empresa e, acima de qualquer coisa, cultivar valores pessoais e colocá-los em prática. Nada convence mais do que o “olho no olho” e um bom aperto de mãos.

Luiz Gabriel Tiago - Sr. Gentileza

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