Maria Eva Duarte de Péron - A Dama de Ferro da Argentina * Por Marina Morena Tiago.

Foto: Marina Morena Tiago - Cemitério da Recoleta - Buenos Aires/Arg.
Mausoléu de Eva Peron - Abril de 2015.
Maria Eva Duarte de Péron, nasceu em Los Toldos, província de Buenos Aires no dia 7 de maio de 1919. Foi resultado do casamento ilegítimo de Juan Duarte e Juana Ibarguren. Juana foi desposada por meio de uma troca comercial feita pelo pai de Evita, fato que causou grande preconceito na sua infância.
Aos 11 anos se mudou para um vilarejo próximo a Buenos Aires chamado Junín, e lá viveu grande parte da sua adolescência. Decidiu se aventurar na cidade de Buenos Aires quando completou 15 anos de idade e iniciou sua procura por oportunidades de trabalho o cenário artístico.
Evita foi persistente no seu sonho e resistiu a todos os pedidos de sua família para que ela voltasse para seu lar em Junín. Após 5 longos anos de luta, Eva consegue se estabilizar como estrela de rádio-novela onde atuava como personagens melodramáticas.
Eva conheceu Juan Domingo Péron num evento beneficente que fez em San Juan, a cidade sofreu grandes prejuízos por causa de um terremoto, o que fez com que um grupo de atores fosse até a cidade para o arrecadamento de fundos para ajudar as vítimas da tragédia.
Juan Péron, então vice-presidente da Argentina e ministro do Trabalho e da Guerra, troca galanteios com Eva que se vê apaixonada por ele. Juan é preso por militares que são contra sua política voltada para os trabalhadores, mas tinha grande prestígio, o que foi provado quando os trabalhadores foram às ruas exigindo a libertação dele.
Sua ascensão como presidente da Argentina, teve como evento culminante sua libertação por pressão popular. Eva decidiu falsificar documentos para se casar com Juan e viver as mesmas glórias que as massas dirigiam ao seu amante.
Foto: Evita Peron
Evita conquistou o apoio da população pobre , na maioria migrantes de origem rural a quem ela chamava de “descamisados”, para o peronismo. Em 1947, passou uma temporada na Europa que transformou seus gestos e vestimentas dignas de uma primeira-dama. Eva recebia em seu escritório, que ficava na residência presencial, doações que eram direcionadas para os mais necessitados.
O sucesso de sua obra, possibilitou-lhe a criação da Fundação Eva Perón, que atendia a uma fila extensa de necessitados que lhe dirigia os mais diversos pedidos de ajuda. A rotina da estrela, que já ameaçava até mesmo o marido, era de 18 horas ininterruptas, que começava às 7 da manhã e terminava nas primeiras horas da madrugada.
Na mesma época, Evita criou uma equipe própria de assessores e fundou o Partido Peronista Feminino, no qual se abria portas para seus discursos autoritários e prepotentes. A essa altura, Eva sofria de um câncer de útero que foi estupidamente ignorado, além de estar em crise com seu marido que sentia grande receio pela ascensão de Eva.
A heroína da Argentina, morreu aos 33 anos mas no auge de seu padecimento, fez uma negociação de compras de armas que foram distribuídas aos defensores do peronismo. A preservação do peronismo teve todas as possibilidades arruinadas pela inevitável morte de Eva.

Seu corpo foi embalsamado e sequestrado por 16 anos por inimigos políticos de Péron, que foi reeleito apenas em 1973, quando volta para a Argentina com sua terceira esposa e também, sua vice.  Após a morte de Juan, Isabelita leva os despojos de Evita para Buenos Aires e os sepulta junto aos de seu falecido marido.

Marina Morena Tiago
Estudante, 15 anos e apaixonada por literatura e empreendedorismo.

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