Toda empresa tem a
obrigação de oferecer um ambiente de trabalho saudável para seus colaboradores,
com infraestrutura satisfatória, ambientes físicos limpos, manutenção das
dependências sempre em dia e, principalmente, a garantia de um bom relacionamento
interpessoal entre as equipes – visando a qualidade de vida dentro e fora da
empresa.
A maioria das
corporações possui missão e valores disponíveis e acessíveis aos seus
colaboradores, seja em seu site, em cartazes fixados nos murais ou em cartilhas
explicativas. Porém, mais do que disponibilizar essas informações, as empresas
devem facilitar o entendimento desses conceitos, pois são eles que mantêm vivos
a essência da corporação e o engajamento individual de seus profissionais.
Alguns valores são
comuns entre as empresas como a ética, a atitude, o comprometimento, o engajamento,
a responsabilidade, entre outros. Mas e a sustentabilidade? Quantas dessas
empresas ainda ignoram a necessidade da preocupação com a sociedade e a
preservação do meio ambiente? E quem deveria dar o primeiro passo ao “fazer o
bem” dentro do ambiente profissional: as lideranças ou os liderados?
Na verdade,
qualquer um pode iniciar uma campanha que envolva o engajamento com causas
ambientais. Isso é iniciativa e
pró-atividade! É importante dizer que a educação ambiental começa dentro de
casa quando ensinamos nossos filhos a não jogar lixo pelas ruas, não sujar
áreas de preservação ambiental, reaproveitar insumos ou materiais para
reciclagem, não desperdiçar água ou energia elétrica, enfim, atos simples e que
podem/devem ser migrados quando somos contratados por qualquer empresa –
engajada nisso ou não.
Os líderes devem
estar aptos a conscientizar suas equipes a colaborar com os programas e
projetos adotados na empresa, visando assim a preservação dos recursos
naturais. Isso é uma questão de capacitação, e bons treinamentos colaboram para
esse “despertar” individual que pode se espalhar pelos corredores. Quando uma
pessoa se envolve em uma iniciativa de corpo e alma, acaba “contaminando” os
outros colegas. Portanto, não é tempo de desperdiçar energia nas empresas. Todos
são agentes potenciais de transformação!
Costumo dizer que
não existe empresa rica em comunidade pobre. Essa afirmação está baseada nos
princípios de uma gestão realmente “Gentil” e transformadora. Seria
idiossincrasia e antagonismo grandes considerar os resultados como satisfatórios
se em minha volta existe a pobreza, a desigualdade social, o desemprego e a falta
de infraestrutura básica. Nossas empresas tem sim o dever de considerar seu
entorno e se responsabilizar por isso. Não ouso dizer que a empresa “x” é a
única responsável por exterminar toda a miséria em seu entorno, mas exerce
papel fundamental sobre isso.
Adotei algumas
ações sustentáveis em meus programas de treinamentos e palestras para as
empresas que desejam capacitar e informar seus colaboradores. Uma delas foi
trocar as apostilas impressas por CDs, já que a quantidade de papel utilizada
nos encontros era muito grande. Em 2011, 6.000 pessoas em todo o Brasil
participaram do treinamento “Gentileza Estratégica nas Empresas”, recebendo
cada um o material didático com 20 páginas de folha sulfite. Em 2012, com a preocupação
pela sustentabilidade, deixamos de “jogar” na natureza mais de 120.000
impressões que seriam, sem dúvida, descartadas logo após o evento
(aproximadamente 600 kg – quase 1 tonelada).
As
responsabilidades social e comunitária englobam ações simples do dia a dia que
todos podem contribuir. Por exemplo, contratar mão de obra local, desenvolver
programas de interação empresa versus comunidade, investir em organizações
locais filantrópicas ou do terceiro setor ou, simplesmente – acreditar na
solidariedade.
Os pilares de uma
empresa gentil são responsabilidade social, preocupação com o meio ambiente
natural, qualidade de vida dos colaboradores e gestão estratégica. Ou seja,
abraçar todos os valores que uma corporação busca para atingir a sua saúde
financeira e social. Preocupar-se com o capital humano interno e externo é
garantia de sucesso; sucesso duradouro e não passageiro, como a vida.
Luiz Gabriel Tiago (Sr. Gentileza)
Ativista social, escritor e conferencista brasileiro. É o criador da metodologia "Gentileza no Trabalho", onde aplica programas de gentileza e capacitação profissional nesse tema. Já ganhou vários prêmios com esse trabalho e já se apresentou em vários países do mundo.
Contatos: assessoria@srgentileza.com.br
Facebook: Sr. Gentileza
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