Cada vez mais passamos boa parte do nosso
tempo trabalhando. Seja em casa, na empresa ou em atividades externas (como
visitas a clientes), nos dedicamos a atingir metas, conquistar resultados,
atender a solicitações, resolver imprevistos e tomar decisões para resolver
problemas. Essas são as prioridades no dia a dia profissional de qualquer um e
quase não sobra tempo para outras coisas como, por exemplo, praticar a
gentileza.
É muito comum as pessoas dizerem: “-
Prefiro responder a todos os e-mails a ter que dividir tarefas com outro
colega”. Ou então: “- Mal consigo tomar o meu café, imagina ter que encher
copinhos para mais duas ou três pessoas do meu setor...”. Discursos como esses
são frequentes, mas se enganam quando pensam que não há um retorno em gestos
simples de gentileza.
O processo de conscientização é pessoal,
ou seja, parte de iniciativas individuais com a intenção de transformar a mundo
ao seu redor. Não é possível mudar toda uma cultura organizacional ou clima
impondo atitudes coletivas. Elas são importantes também, mas se não houver um
convencimento singular, a empresa não obterá sucesso com isso.
A mudança de comportamento através da
prática da gentileza é notável. Geralmente as pessoas ao redor começam a
perceber que há algo diferente. Sua prática promove bem estar emocional,
satisfação profissional e sensação de dever cumprido. Da mesma forma que a
“fofoca” pode se espalhar pelos setores e até pela empresa toda, a gentileza é
capaz de “contaminar” a todos num processo gradual; pode ser lento, mas sua
eficácia é garantida quando aplicada corretamente e se acompanhada devidamente.
O clima organizacional é a qualidade do ambiente
profissional e a forma com que as pessoas o “sentem” e o “percebem”. A
satisfação ou não dessa atmosfera influencia e interfere diretamente na
produtividade profissional, por isso tão monitorado por gestores de recursos
humanos em boa parte das empresas.
Existe uma relação estreita entre o clima
organizacional, comportamento e lucratividade, por isso desperta tanta
preocupação em empresários e líderes de vários setores. Hoje sabemos que a
satisfação no trabalho, ou seja, a vontade e motivação de estar ali todos os
dias, é determinante para que os resultados sejam alcançados e as pessoas
produzam com afinco.
Engajar pessoas não é, simplesmente, delegar
tarefas e determinar quem faz o quê. As equipes estão sujeitas a variáveis
intangíveis como o bom relacionamento interpessoal, a alegria e paz para
desempenhar suas atividades. Se não estiverem envolvidas através de um ambiente
saudável e harmônico, se desiludem, provocando uma baixa na motivação
comprometendo, claro, o rendimento.
Luiz Gabriel Tiago - @srgentileza
Empresário, palestrante e fundador da Pontinho de Luz
www.srgentileza.com.br
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