Grande
parte dos profissionais de hoje trabalham sobrecarregados e têm uma rotina
muito intensa. Precisam se preocupar com horários, reuniões, imprevistos,
resultados e metas. Diante desse cenário competitivo, perderam a suavidade e
leveza, (importantes para uma vida saudável) deixando de lado alguns valores
importantes. Ser gentil não é prioridade de ninguém mas sentem falta de bons
tratos, de relações interpessoais cordiais, de um clima organizacional
humanizado e de paz. A gentileza é um predicado que reúne todos esses itens e
ainda causa bem estar a todos.
Por
ter feito parte desse grupo de pessoas, viver exausto e cansado de opressão,
busquei ajuda no estudo da Educação – que é fundamental em todos os níveis –
desde a formação de indivíduos na escola à capacitação de adultos no ambiente
de trabalho. A gentileza foi a ilustração que mais se adequou à nossa realidade
brasileira, já que carecemos dela e, ao mesmo tempo, não agimos em prol da sua
prática.
O tema ilustrou minhas pesquisas acadêmicas que sempre focaram na
educação de adultos em ambientes corporativos. Acredito que muitos valores
apreendidos em casa ou na escola são colocados à margem quando os jovens
ingressam no mercado de trabalho, pois ou se corrompem pela competição
desenfreada, problemas e convívio com os demais ou não os têm, pois os pais
terceirizaram sua criação ou também não os receberam (os valores).
A
teoria não teria validade nenhuma se não estive formatada através de um método,
que foi desenvolvido e compartilhado com empresas de vários países. Quando cheguei
a um resultado final (2009), ou seja, com técnicas e estratégias consistentes
que pudessem ser aplicadas in loco, fundei
a Pontinho de Luz (2010), a única consultoria da América Latina especializada em
treinamentos e responsabilidade social especializada no tema (gentileza). A gentileza
deve ser acessível a todos, pois possui dentro dela a multiplicidade,
generosidade e gratidão. Atuamos em qualquer área e em grupos de qualquer
porte. Não importa o tamanho da empresa; adaptamos e ajustamos nossos programas
à realidade do contratante e somos um dos poucos a entregar essa ferramenta no
mundo inteiro.
A
proposta inicial era dividir esse conhecimento, ou seja, mostrar a todas as
empresas que é possível gerar resultados através da prática da gentileza. Por
ter sido “esquecida na prateleira”, as pessoas simplesmente se toleram e fingem
que convivem bem umas com as outras. Apesar de todo o empenho dos Gestores, em
especial os de Recursos Humanos, esbarramos num gargalo que é o relacionamento
interpessoal. Muitos investem em programas de treinamentos mas sem sucesso,
pois não tratam o problema em sua origem, ou da forma que realmente deveria ser.
A
educação do Brasil sempre sofreu por causa da falta de investimentos do
governo, não somente na qualidade do ensino e infraestrutura adequados, mas
também, na cultura doméstica de incentivar os pais a estimular os filhos ao
hábito da leitura e dedicação aos estudos. Podemos constatar isso na hora de
comprar um presente de aniversário ou Natal, por exemplo. Quem tem o hábito de
comprar livros ou levar as crianças para passear numa livraria?
Independentemente
dessas variáveis, a sociedade deposita toda a responsabilidade da educação na
escola e professores, isentando a família de qualquer compromisso com ela – não
sendo, de fato, o ideal para termos um sistema de educação básica com solidez e
que capacite os futuros adultos em valores humanos e habilidade
intelecto-emocionais (fazendo falta no ambiente profissional).
Esse
método foi desenvolvido para que a gentileza pudesse ser aplicada nas empresas
de forma consistente, trazendo satisfação profissional e melhorando os
resultados. Isso é possível quando cada indivíduo se reconhece como parte
integrante de um “todo” corporativo. Perguntas como “- Qual o meu papel no
mundo e na empresa?”, “- Estou na posição ideal?”, “- Quais são meus valores e
da minha equipe?” são feitas para que haja a reflexão e identificação de coisas
importantes e indispensáveis ao engajamento de todos.
Essa
metodologia, quando implantada nas empresas, promove o bom relacionamento entre
os colaboradores, minimiza a concorrência interna e, claro, alavanca os
resultados; sua eficácia é garantida e nos últimos anos recebeu 07 prêmios
nacionais, 01 internacional e várias menções honrosas.
O método é exclusivo e foi
preparado com base em pesquisas acadêmicas e de mercado (sobre a realidade
corporativa em relação a valores humanos e habilidades emocionais). Além disso,
tive um mestre que contribuiu e muito para o desenvolvimento desse trabalho. O
falecido José Datrino (Profeta Gentileza – 1917-1996) escreveu 56 poemas
embaixo de um viaduto no Rio de Janeiro sobre a Gentileza e sua importância
para a sociedade. Foi incansável nessa causa e por quase 40 anos defendeu a
prática gentil na capital fluminense, através de seus discursos e palavras
pintadas em murais.
Outra multiplicadora desse tema foi
a falecida Imã Dulce (Anjo Bom da Bahia - 1914-1992) que acreditou e defendeu a
prática do bem ao próximo, em especial aos pobres e menos favorecidos. Foram
décadas dedicadas à vida religiosa que sempre foi impregnada de solidariedade e
preocupação com as desvalias alheias.
Pra mim esses dois seres humanos
ímpares são - o “pai” e a “mãe” da Gentileza brasileira- pois transformaram
parte da nossa
sociedade através da solidariedade e incentivo à prática simples e
despretensiosa do amor. Digo em minhas palestras
que o melhor remédio para a desmotivação é a solidariedade – valor tão escasso
no mundo. Ao praticar o bem, literalmente “detonamos” o pessimismo e
contribuímos para um mundo melhor. O ideal é não se preocupar com algum tipo de
retorno, pois muitas pessoas se queixam que são gentis, mas ficam chateadas por
não serem gratificadas de imediato. Isso não importa mesmo! A gentileza é
desprovida de egocentrismo e a recompensa vem do universo.
É com base nesses exemplos que
nossa metodologia foi desenvolvida e é aplicada nas empresas. Ser gentil com as
pessoas deve fazer parte da nossa rotina e não há motivos para isso não
acontecer. Justificativas e desculpas como falta de tempo e trabalho
inesgotável são tombados quando as pessoas enxergam a si mesmos e descobrem que
há muitas coisas boas dentro delas. Gentileza é uma questão de querer praticar
e querer receber.
Diante
da implantação de um programa de Gentileza Corporativa, os colaboradores são
envolvidos numa metodologia eficaz e que os conscientiza de que não precisam
esperar alguém tomar a iniciativa em ser mais compassivos e solidários.
Luiz Gabriel Tiago - Sr. Gentileza
Palestrante, Trainer, Empresário e Escritor
Brasileiro indicado ao Prêmio Nobel da Paz 2018
assessoria@srgentileza.com.br
Comentários
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Abraços,
Sr. Gentileza
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