" - Machismo nas empresas é uma realidade violenta até hoje" - diz Sr. Gentileza.


O nome dela é Marta e trabalha como motorista de ônibus em Goiânia/GO – ocupando uma posição de predominância masculina historicamente. Ela é mulher e pode trabalhar onde quiser - sem distinção de gênero.

Foi-se o tempo de haver vagas com caráter masculino ou feminino. As limitações sempre foram impostas por uma sociedade hipócrita onde a mulher fica em casa “tomando conta” do lar e responsável pela educação dos filhos, além de esperar o macho alfa toda arrumada e perfumada.

Essa é a realidade em todas as empresas? Todas são livres de um machismo tóxico? A resposta é “não”, infelizmente. O machismo é um câncer que acomete boa parte da nossa sociedade, inclusive nas empresas.

De empresas pequenas a grandes, principalmente aquelas com administração familiar, o machismo faz parte da rotina dos corredores, das reuniões, das tomadas de decisões, etc. Convencionou-se que “competividade” é sinal de “competência” e – ser competitivo e agressivo são características masculinas, incluindo discursos ferozes, tapas na mesa com a mão, apontar de dedos, xingamentos e “brincadeiras” cruéis em relação ao comportamento das mulheres, forma de se vestir, maquiagem ou sobre a vida sexual delas.

Tenho recebido denúncias graves de assédio através do comportamento machista e medíocre de homens e de mulheres (acreditem se quiser) vindas de mulheres que estão intimidadas por “homens” que se acham “´poderosos” ou “donos da verdade”.

Chega! Ser homem nunca deu e nunca dará o direito de tratar qualquer pessoa com truculência ou vulgaridade. Não existe a famosa “brincadeirinha” ou é “o meu jeito”. Falas como “- sou homem e ajo assim”, “- é coisa de homem”, “sou o homem e mando nessa p&*¨*”, etc., são frases ultrapassadas e rótulos pertencentes à casta machista que não deveria, em hipótese alguma, se relacionar com outras pessoas, muito menos estar a frente de equipes e empresas inteiras.

Acontecem atos violentos o tempo todo e essas mulheres que são vítimas se calam por medo de perder seus empregos, por morarem em cidades pequenas e não conseguirem se recolocar ou por receio de não serem contratadas em outro lugar por “pesquisarem seus antecedentes” processuais. Esses medos são legítimos e não são ilusões. Se denunciam, fazem boletim de ocorrência ou entram com uma medida judicial, sim, terão muita dificuldade de se recolocar.

Como as empresas devem proceder em relação a esse machismo violento e até criminoso na sua cultura organizacional? A iniciativa deve partir de alguém disposto a pagar o preço, incluindo demissão e possíveis retaliações. Geralmente os gestores de Recursos Humanos têm essa preocupação e enfrentam dificuldades grandes para iniciar um projeto ou programa que trate desse tema e outros conflitantes da sociedade.

Como fazer a abordagem sobre o tema? Simplesmente abordando. Resta saber se os gestores de Recursos Humanos terão autonomia para isso - pois precisam ter o apoio dos diretores e, se esses forem os machistas de plantão, nada feito. Focamos na sociedade e esquecemos das atrocidades que acontecem dentro dos muros das empresas.

A situação é grave, não só do machismo, mas de outros crimes como intolerância religiosa, homo/transfobia, racismo, gordofobia, xenofobia, etc.

Gentileza é uma ferramenta de sucesso para mudar esse cenário. Me dedico integralmente a essa causa em empresas de todos os segmentos e tamanhos. 99% das empresas que me contratam para implantar o Método Gentileza no Trabalho sofrem com uma cultura organizacional hostil, opressora, racista, homofóbica e machista. Essa é a realidade.

Você tem noção de tudo o que eu ouço e de todas as ofensas que recebo quando chego? Estou preparado para isso. O lado bom: decidem se reinventar da forma certa. Parabéns pela decisão. Resta saber onde será bem-vinda.

Abraço fraterno,

Sr. Gentileza

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